Heurísticas de Nielsen: Conheça e saiba como aplicá-las
Desenvolver interfaces com boa usabilidade e que tragam os resultados esperados, independente de quais sejam esses resultados, exige o uso de princípios que chamamos de heurísticas.
As heurísticas de Nielsen são um conjunto de 10 princípios desenvolvidos por esse cientista da computação, que buscam tornar todas as ações e resultados do uso de uma página claros e seguros para o usuário.
Pensando na qualidade do seu serviço como web designer e na satisfação de seus clientes e usuários, preparamos este artigo que explica o que são, como e onde aplicar as heurísticas de Nielsen.
Continue com a gente e boa leitura!
1. Visibilidade do estado do sistema
O ambiente digital depende muito de estímulos e elementos visuais. Por conta disso, a interface deve dar ao usuário uma resposta visual instantânea do que está acontecendo, o que ele já fez e o que pode fazer a seguir.
Alguns exemplos disso são a mudança de cor em botões quando se posiciona o cursor sobre eles, ícones de carregamento, ou até mesmo os indicadores do YouTube, que mostram que vídeo está em reprodução, qual será o próximo e qual foi o anterior.
2. Equivalência entre o sistema e o mundo real
Ainda nessa mesma linha do visual, é importante que a interface fale “a mesma língua” que o usuário e seja de fácil compreensão para um público variado.
Por exemplo, ao fazer uma busca, os sites normalmente apresentam ícones de lupa, ou ainda, ícones de carrinho ou sacola onde os produtos que podem ser adquiridos ficam.
3. Liberdade e controle do usuário
O terceiro princípio se refere à liberdade e controle do usuário sobre a interface.
O projeto deve oferecer ao usuário opções para realizar ações e interações e, ainda, formas de desfazê-las caso seja necessário.
Esse princípio, além de conferir a liberdade necessária ao usuário, pode auxiliar na correção de erros, como quando excluímos um e-mail por engano, mas a interface oferece a opção de desfazer a ação.
4. Consistência de padrões
Quando uma interface apresenta ícones e padrões de desconexões, sem relação alguma entre si, o usuário pode ficar meio perdido e sem saber exatamente o que fazer ou onde está.
Para evitar essa confusão é importante padronizar sua interface, usando ícones com o mesmo estilo e cores, botões da mesma cor, o mesmo estilo de fonte e afins.
5. Prevenção de erros
Se o terceiro princípio pode auxiliar na correção de erros, o quinto, por sua vez, busca evitar que eles ocorram.
A prevenção de erros busca eliminar situações em que o usuário possa cometê-los, como clicar em um botão errado ou por entender algo errado.
Um exemplo do quinto princípio de Nielsen são os pop-ups de confirmação quando o usuário tenta sair de um formulário sem acabar de preenchê-lo, ou a confirmação de exclusão de um arquivo.
6. Reconhecimento X memorização
Esse princípio reforça que, para desenvolver uma boa interface devemos reduzir o número de informações que o usuário precisa memorizar.
O reconhecimento tem bastante a ver com padrões, que são de fácil assimilação para o cérebro e facilita a tomada de decisão e a navegação do usuário.
Perceba que, em e-commerces, por exemplo, a barra de pesquisa e o carrinho ficam sempre no topo da página, o produto do lado esquerdo e a descrição do lado direito. Isso é um padrão.
7. Flexibilidade e eficiência
A sétima das dez heurísticas de Nielsen, a flexibilidade e eficiência, visa uma usabilidade simples para usuários leigos e experientes.
Um exemplo de flexibilidade e eficiência é o preenchimento automático, como quando informamos o endereço e a interface sugere um CEP, ou quando colocamos o primeiro caractere e ela sugere uma conta de e-mail.
Esses atalhos melhoram a experiência do usuário, mesmo sendo apenas um pequeno detalhe no desenvolvimento de interfaces.
8. Estética e Minimalismo
A estética é um ponto de grande importância na criação de interfaces e, no geral, o minimalismo é sempre a melhor aposta.
Evitar usar elementos em excesso, grande variedade de fontes ou cores e quaisquer outros exageros podem levar seu projeto por água abaixo.
Pense sempre em um visual mais sóbrio, usando apenas os elementos necessários e uma paleta adequada.
9. Reconhecimento de erros
É preciso trabalhar sempre buscando evitar os possíveis erros em uma interface, porém sabemos que um ou outro sempre poderão surgir.
O penúltimo dos princípios de Nielsen reforça a necessidade de avisar o usuário da forma mais clara possível quando um erro ocorrer.
Avisos de campos obrigatórios em formulários ou a mudança de cor neste mesmo campo quando não preenchido, ajuda na identificação do erro e solução.
10. Ajuda
Por último nas Heurísticas de Nielsen, temos o campo de ajuda.
Uma boa interface deve sempre apresentar um campo de ajuda para os usuários, como o FAQ (perguntas frequentes) que contém um link com essas perguntas e suas respostas.
Esse elemento garante que o usuário sanará suas dúvidas e, ainda, reduz a necessidade de atendimento humano.
Essas são as chamadas 10 heurísticas de Nielsen, princípios que visam aumentar a usabilidade de interfaces.
Você já conhecia essas heurísticas? Se ainda não, comece agora mesmo a aplicá-las em seus projetos e veja a diferença. Até a próxima!